4 de setembro de 2011


"Dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que, por escolha ou fatalidade, não importa, estamos tão enredados que seria impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes, e talvez tenha inventado apenas para me distrair nesses dias onde, aparentemente, nada acontece, e tenha inventado quem sabe em ti um brinquedo semelhante ao meu para que não passem tão desertas as manhãs e as tardes buscando motivos para os sustos e as insônias e as inúteis esperas ardentes e loucas invenções noturnas."

Caio Fernando Abreu
04/09/2011

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